O cérebro é o órgão mais importante do nosso corpo, ele apresenta inúmeras funções como a memória, executar atividades, realizar a orientação no tempo e no espaço. Além disso, ele é responsável pelo nosso comportamento e humor, entre outras funções. A demência é uma doença que compromete o funcionamento do cérebro, e, consequentemente, afeta todas as suas funções.
Os sinais de que algo está alterado podem demorar a chamar a atenção dos familiares, por isso existem algumas dicas para se atentar: A repetição de uma mesma história diversas vezes indica que há um comprometimento da memória de curto prazo. Com a progressão da doença de Alzheimer, a memória de curto prazo tente a ficar cada vez mais prejudicada. Por isso, o idoso, muitas vezes, repete perguntas, pois não consegue se lembrar do que o familiar ou cuidador respondeu. Além disso, o idoso pode esquecer de fazer suas refeições, sendo que um sinal disso é um emagrecimento sem causa maior, pode esquecer o nome de parentes ou pessoas de seu convívio, recados e acontecimentos recentes que não são rotineiros.
Quanto ao espaço e ao tempo, pode ocorrer a desorientação têmporo-espacial, o que quer dizer que o idoso não se lembra mais qual é o dia do mês, da semana, e não sabe mais onde estão os objetos, até mesmo onde ficam alguns cômodos da casa.
Em relação ao humor e aos comportamentos, a pessoa pode deixar de ter interesse por atividades que fazia rotineiramente e que gostava. Não consegue mais executar tarefas que faziam parte do seu dia a dia. E mais, o idoso pode ainda começar a apresentar outros sinais de dificuldade como: se perder ao dirigir para chegar em um local conhecido, queimar a comida e esquecer de ingredientes essenciais na receita.
Existe tratamento para a demência além de medicamentos?
Em um espaço de cuidados aos pacientes idosos com diagnóstico de demência, uma equipe que conta com terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, nutricionista, fonoaudióloga e enfermeiras realiza atividades para promover o estímulo físico e cognitivo. Em um ambiente terapêutico o paciente recebe tratamentos diários para manter a memória ativa e gerar novas conexões e rotinas que serão registradas. Ao passo que, se não exercitarmos o cérebro, a doença pode avançar de modo mais rápido.
A terapia ocupacional valoriza a memória passada do idoso, que, na demência inicial e moderada, está preservada. Os resgates de histórias vividas geram satisfação, prazer em revivê-las. Assim, com toda paciência e técnicas própria, incentivamos a contação de suas histórias pessoais. Essa estratégia diminui a ansiedade, estresse e crises de agressividade que muitas vezes acompanham o quadro de esquecimento.
Levando em consideração o grau de alteração no funcionamento cerebral, exercícios são passados diariamente para o paciente, incluindo o uso de tablets e recursos tecnológicos em prol de exercitar diversas áreas cerebrais.
O trabalho da fisioterapia é preventivo, elaborando estratégias a fim de deixar o indivíduo mais ativo e independente, mesmo com demência. Toda atividade deve encorajar a manutenção da força muscular, da amplitude de movimento e promover somente a ajuda que é extremamente necessária. O paciente também precisa ser capaz de reconhecer, realizar a ação motora e lembrar comandos, estimulando a memória recente ao mesmo tempo que executa o exercício.